Nosso sítio é único, uma concha murada por pedras gigantes de frente para o oceano e coberta por vegetação tropical.
Este cenário, um dos melhores lugares do mundo para o voo, produz condições peculiares com diversas variáveis.
A chuva localizada é uma delas.
Muitas vezes os pilotos decolam com pesadas nuvens estacionárias distantes sobre o mar e que acabam se dissipando.
Em outras ocasiões, essas mesmas nuvens deslizam velozmente em direção à costa e atingem o vale em pouco tempo.
Nossa operação é muito criteriosa com essas situações.
Temos estações meteorológicas na decolagem e no pouso mostrando, em tempo real, os parâmetros mais relevantes; temos fiscais preparados e experientes na rampa; temos observadores atentos ao clima não só no visual mas também checando imagens de satélite, radares e estações dentro e fora de São Conrado.
Tocamos nossa Operação levando em conta os mais sérios padrões aeronáuticos.
Respondendo à questão inicial: não, não é permitido decolar com chuva.
E isso não é decidido na base do sentimento, mas sim do instrumento.
A estação meteorológica instalada na rampa quando detecta chuva alerta o fiscal.
É assim que ele comanda a imediata interrupção das decolagens, estendendo-a até que a estação indique o fim daquele ciclo pluviométrico.
Eventualmente a decolagem foi autorizada corretamente, mas em voo ocorre a chuva.
E isso traz à tona uma outra questão: as asas e parapentes podem voar molhados?
A resposta é Sim, os equipamentos podem voar molhados sem maiores problemas e as aeronaves são resistentes à água.
Mas apesar de o voo na chuva não apresentar necessariamente algum risco maior este não é o melhor cenário, por diversos motivos.
Por isso o CSCVL não permite decolagens sob chuva.
Mas se porventura chover em voo, nossos pilotos sabem muito bem como lidar com essa situação.
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Bons voos a todos.
CSCVL